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sábado, 10 de agosto de 2013

INFORMÁTICA JURÁSSICA - GAROTOS DE PROGRAMA


RELEMBRANDO...

2013: Falta pouco mais de um ano para eu parar de trabalhar, se quiser.

Posso me aposentar bem novo, já que desde os 14 anos trabalho quase que ininterruptamente, e sempre com registro em carteira.


Como trabalho com tecnologia, me veio à mente como ela mudou nesse tempo!

Estou lendo agora a famosa biografia do Steve Jobs, e estou meio saudosista com a minha querida informática.

São tantos termos antigos (Apple II, Next, Dos, Arpanet, etc), que me peguei folheando saudosamente as pré-históricas revistas PC-Magazine Brasil, de 1991, que a Texsa colecionou.

Foram muito importantes na minha formação técnica naqueles tempos sem internet. Muito gostoso ficar lendo aquelas reportagens, aquelas propagandas...


Sou programador de sistemas corporativos, e "sou do tempo jurássico", pois programei em clipper sob DOS, e quando vi o primeiro windows, achei "frescura", aquele negócio de tela gráfica e mouse.

Mouse era quase ficção científica, e pensava nunca usar...

Imagina!! Era nos idos de 1983/1984 e a informática estava começando a explodir, graças aos Steves e Bills da vida.

Cheguei a operar disquetes de 5x1/4 polegadas, e mesmo cheguei a ver o grandão de 8 polegadas, todo flácido!

Levou um tempo para chegar ao espetacular 3,5 polegadas, lindo e rígido como os disquinhos de Star Trek dos anos 60 que Spock tanto usava e ficávamos babando e pensando: Será que um dia chegaremos a isso?

Bem, chegou e ultrapassou! Logo vieram hds, cds, dvds, blu-rays e pendrivers com cada vez maior capacidade. Uma maravilha.

As máquinas hoje são bem mais poderosas e inimagináveis naqueles tempos parcos.

Lembro quando Ronaldo, meu amigo e chefe na Texsa, também programador, mandou comprar um gigantesco "winchester" de 20M (VINTE MEGAS!!!!)

Exclamamos quase juntos: "Nunca mais vamos ter problemas de espaço! Nunca mais vai precisar comprar hds..."

HAHA HAHAHAHAHAHHAHAHAHAHHAAH - Doce inocência!

Também, usávamos disquetes de 140kb, tudo em modo texto... coisa básica! Megabytes era ficção científica!

É por essas e outras que meu amigo Jefferson diz que somos "dinossauros"

Lembro que ao programar os sistemas da Texsa, usávamos o Clipper, e para gerar os arquivos executáveis, mandávamos "clipar", e saíamos de perto, tomar um café, ir ao banheiro, conversar, sei lá, só sei que era uns 10 ou 20 minutos nas primeiras máquinas, o tempo que levava para a compilação.

E o mais engraçado é que achávamos normal... Era um SISTEMA rodando, compilando. Tudo bem!

O pior é que muitas vezes, por causa de uma vírgula, tínhamos que corrigir a codificação e rodar tudo de novo!!!

Eu e Ronaldo ríamos muito, pois toda hora dizíamos "Agora vai!".

Era a frase mais proferida por nós dois naqueles dias criativos.
Será que outros programadores também a usam com frequência?